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CHAMINÉ - BLOG PIONEIRO DE CEARÁ-MIRIM

COMUNICADO: O Blog Chaminé encerrou suas atividades em 31/12/2009.

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Esteve ativo de 1º de Janeiro de 2007 a 31 de Dezembro de 2009.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009




Fim da linha? Nem tanto. O professor precisa mesmo de um tempo para realizar suas tarefas. E 2010 promete ser “puxado” para ele (e quando não foi assim?). Mas é claro que a gente vai sentir falta do conteúdo limpo dessa Chaminé. Nesse blog eu pude me realizar como arremedo de cronista. Lembro-me daquele comentário primeiro, feito à respeito de um texto de autoria do professor Sérgio. Edvaldo mandou a resposta, naquele início de postagem do chaminé, e esse gesto foi suficiente para me encorajar a escrever meus textos para o blog. Mas falar sobre o quê? Obviamente que me cairia bem falar sobre música, já que convivo com ela diariamente, seja como músico, colecionador ou mesmo ouvinte. Falar de outro assunto poderia ser um desastre pior. Eu que tateio com todo cuidado para não escorregar (coisa que as vezes me acontece) no meu português ruim, na tentativa de passar para os web-leitores as minhas experiências e impressões sobre a música e os músicos da nossa terra. Assim surgiu a coluna “O Som do Vale”, que assinei ao longo desses três anos. Fico feliz por ter contribuído para tornar conhecida a história de muita gente daqui. Músicos e bandas que me proporcionaram um mergulho em suas vidas. Aprendi muito e me emocionei ouvindo e depois narrando suas histórias. Não cito nomes de quem falei para não acontecer de esquecer de alguém, já que, modéstia à parte foram muitos os colegas lembrados aqui. Cito, porém, os nomes de alguns que pretendia falar e ainda não fiz: Nelson Moreira, Raimundinho do Violão, Gerson Vieira, o grupo musical Beija-Flor, Amarildo e tantos outros músicos da nossa cidade. Doeu-me mais ainda a não realização daquela que seria a minha última matéria para o chaminé nesse seu ciclo de vida: a trajetória do grupo Bicho de Sete Cabeças. Eu até já havia marcado uma conversa com dois dos integrantes, mas um deles, o músico Alexandre Lacerda, teve um problema de saúde e isso me fez adiar esse sonho. Mas eu quero o mais rápido possível contar a história desse grupo do qual sou fã até hoje e guardo como relíquia o seu compacto lançado no início da década de 80.

Edvaldo Morais, muito obrigado pela oportunidade que você me deu de participar dessa equipe de colaboradores do blog, aprendi muito com todos eles. Agradeço também pela confiança e pela (quase) liberdade de expressão que também me foi dada. Quando digo “quase”, não é que eu tenha recebido censura com relação aos meus textos, mas reconheço que algumas vezes tive frases ásperas lapidadas ao passar pelo olhar atento do professor. E talvez isso tenha sido a razão do sucesso do blog que encerra suas postagens sem ter causado polêmicas em momento algum. Por ter um coração generoso e acolhedor, o amigo por vezes permitiu postagens que distanciou o blog do seu objetivo inicial. Trata-se apenas de uma observação minha. Claro que você tinha todo o direito de dar o rumo que bem entendesse a essa sua criação. Nada porém vai tirar a sensação de bem estar quando um leitor saudosista puser no drive do computador o CD-ROM do chaminé e se deleitar com o seu conteúdo.
Pelo assunto que eu sempre tratava nas minhas matérias, elas para mim funcionavam como a criação de uma música. A canção que eu não conclui vou continuar tentando criar, à minha maneira, escrevendo pelos blogs da vida. Quem sabe ela acabe em 2011? Como cantou Raul Seixas: “Um abraço e até outra vez!” E a gente se encontra pelas esquinas do tempo... Mas deixo para os queridos web-leitores do chaminé essa belíssima letra da canção Saudade, de autoria dos nossos compositores Alexandre Lacerda, Marcos Câmara e Adeildo Neto. Essa música está no compacto lançado pelo Bicho de Sete Cabeças.


SAUDADE
Mora nas lembranças revividas
a vontade louca de voltar
Abraça os meus anseios decidida
esmaga os protestos sem pensar
Forte como a garra dos sofridos
luta com a fome a lhe incitar
Já não mais suporto os seus açoites
que me acariciam sem cessar
E lá vou eu,
quantas noites já não sei
O meu peito feito chumbo
derretido no seu laço
E lá vou eu,
a esperança pelo braço
quantas vezes, tantas rotas,
escondendo o meu cansaço
Não me importa a noite atrevida
em que se fez guardar meu coração
Como a proteger-se de uma vida
onde o amor beijou a solidão
Sempre que relembro o nosso sonho
sinto que não posso mais ficar
Longe de você e seu carinho,
longe de você e o seu olhar.
Eliel Silva - Dezembro/2009

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