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domingo, 1 de novembro de 2009


Manuel dos Santos, o Mané Garrincha ou simplesmente Garrincha, Nasceu em Magé em 18 de outubro de 1933 e faleceu no Rio de Janeiro aos 20 de janeiro de 1983. Foi um futebolista brasileiro que se notabilizou por seus dribles desconcertantes apesar, ou exatamente, pelo fato de ter suas pernas tortas. É considerado entre os especialistas de futebol como um dos maiores jogadores da história do futebol em todos os tempos. No auge de sua carreira, passou a assinar Manuel Francisco dos Santos, em homenagem a um tio homônimo, que muito o ajudou.
Garrincha, "O Anjo de Pernas Tortas", foi um dos heróis da conquista da Copa do Mundo de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo de 1962 quando, após a contusão de Pelé, se tornou o principal jogador do ataque brasileiro. Com Garrincha e Pelé jogando juntos, a Seleção jamais perdeu uma partida sequer. A força do seu carisma ficou marcada rapidarmente nos palavras do grande poeta de Itabira, Carlos Drummond de Andrade:Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios.Infância: o apelido "Garrincha"
De origem humilde, com quinze irmãos na família, Manuel Francisco dos Santos era natural de Pau Grande, distrito de Magé (Rio de Janeiro). Sua irmã o teria apelidado de Garrincha, fazendo uma associação com um passarinho muito comum na região serrana de Petrópolis, conhecido por este nome.
As pernas tortas do anjo
Uma das características marcantes que envolvem a figura de Garrincha relaciona-se à uma distrofia física: as pernas tortas. Numa perspectiva frontal, por exemplo, sua perna esquerda, seis centimetros mais curta que a direita, era flexionada para o lado direito, e a perna direita, apresentava o mesmo desenho. Afirma Ruy Castro em seu livro que já teria nascido assim, mas há vários depoimentos no sentido que tenha sido seqüelas de uma poliomielite.
Primeiros brilhos da estrela
Com catorze anos de idade começou a jogar no Esporte Clube de Pau Grande e seu talento, já manifestado, despertou a atenção de Arati: um ex-jogador do Botafogo. Após uma breve passagem por um time de Petrópolis foi treinar no time da Estrela Solitária. Não se sabe com certeza quem o levou a fazer um teste no Botafogo, mas nos minutos iniciais do primeiro treino, ele teria dado vários dribles em Nílton Santos, o qual já era um renomado jogador.
Vida pessoal
Garrincha casou-se com Nair, namorada de infância, com quem teve oito filhas. No entanto foi casado com Elza Soares por 15 anos Os dois tiveram um filho, Manuel Garrincha dos Santos Junior, morto aos 9 anos de idade num acidente automobilístico. Nenem, o filho dele com Iraci, também morreu num acidente em Portugal aos 28 anos.
Jogador profissional
Na maior parte de sua carreira Garrincha defendeu o Botafogo (no período de 1953-1965) e a Seleção Brasileira (de 1957-1966). Jogou alguns meses no Sport Club Corinthians Paulista (1966) e no Clube de Regatas do Flamengo (1969), em sua quase acabada carreira. Jogou por pouco tempo no Olaria (1972). Teve uma partida disputada pelo Vasco, em um amistoso contra a seleção da cidade de Cordeiro (RJ), marcando um gol nesta partida. Sua contratação não foi fechada pela equipe cruzmaltina devido a sua má condição física e foi devolvido ao Sport Club Corinthians Paulista após o supracitado amistoso.
Jogou sessenta partidas pelo Brasil entre 1955 e 1966. Em todos os seus jogos, participou de apenas uma derrota (de 3 a 1 para a Hungria na Copa de 66). Com Garrincha e Pelé jogando ao mesmo tempo, o Brasil nunca perdeu.
Mesmo na Seleção Brasileira, Garrincha nunca abandonou sua forma irreverente de jogar. Voltava a driblar o jogador oponente, no mesmo lance, ainda que desnecessariamente, só pela brincadeira em si.
Nos clubes, jogou 614 vezes, marcando 245 gols pelo Botafogo. Também atuou pelo Corinthians, Flamengo e o Olaria no Brasil, e pelo Atlético Junior da Colômbia. Sua carreira profissional se prolongou de 1953 a 1972.
A morte do craque
Na clínica do dr. Eiras, seus amigos nunca o deixaram. E justamente na noite em que o deixaram, numa madrugada de Domingo para segunda-feira Garrincha foi derrotado pelo alcoolismo, falecendo em 20 de janeiro de 1983.

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