FLÁVIO CAVALCANTI
No início dos anos 70 este blogueiro, ainda adolescente, já se ligava muito em televisão, apesar de não possuir tv em casa. Era televizinho. Nas noites de domingo, após a missa, fazia companhia a Dona Maria de Manuzinho, assistindo num antigo aparelho “Colorado RQ” um show de variedades da extinta Tv Tupi. Era o “Programa Flavio Cavalcanti”. As polêmicas entrevistas, cantores e cantoras de todos os estilos musicais, convidados ilustres, os calouros, além do famoso quadro “Fora de Série”, (uma espécie do atual “Se vira nos 30” do Faustão). Neste quadro, certa vez, o saudoso e conhecido mossoroense Murilo Ludugero participou, quando conseguiu decorar todo o catálogo telefônico da cidade. Além disso, eram apresentadas reportagens curiosas e histórias emocionantes, sem falar nas intervenções de alguns jurados que marcaram época, como Márcia de Windsor, (só dava nota 10), José Fernandes (o mais polêmico) Sérgio Bittencourt (crítico musical), Erlon Chaves (Maestro), o estilista Denner, a atriz Leila Diniz (todos já falecidos), dentre outros. Uma participação marcante no programa, que nunca esqueci, foi a do cantor Roberto Carlos, o humorista Chico Anísio e o jogador Pelé. Flávio fez com que os três trocassem de função: Roberto contou piada, Chico fez embaixadas com uma bola e Pelé cantou. (Edvaldo Morais)
A seguir, resultado de uma pesquisa no Dicionário Cravo Albin sobre o saudoso apresentador que revolucionou a televisão brasileira nos anos 70.
Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti, ou simplesmente FLÁVIO CAVALCANTI. Apresentador. Jornalista. Compositor. Aos 22 anos começou a trabalhar no Banco do Brasil, ao mesmo tempo que estreou como repórter no jornal carioca A Manhã. Posteriormente chegou a ser funcionário da Alfândega do Rio de Janeiro, de onde se desligou em 1964. Casou-se com Belinha, com quem teve três filhos, um dos quais, Flávio Cavalcanti Júnior, executivo da área de telecomunicações. Como jornalista, fez históricas entrevistas com Tenório Cavalcanti, em sua fortaleza no bairro carioca de Caxias e com o presidente Kennedy, na Casa Branca. É nome de rua em Petrópolis, município serrano do Rio de Janeiro onde viveu grande parte de sua vida e onde foi sepultado. Faleceu em São Paulo, de infarto, depois de apresentar seu último "Programa Flávio Cavalcanti", no SBT de São Paulo. Alimentou polêmicas públicas com personalidades diversas como Almirante e Sérgio Porto.
Um dos mais famosos apresentadores de programas de calouros da TV brasileira. Foi o criador do primeiro júri da televisão no Brasil. Também compôs algumas músicas. Grandes artistas, hoje consagrados, tiveram sua primeira oportunidade em seus programas. Seu estilo polêmico fez história. Denunciava letras de músicas que considerava medíocres, quebrando os discos que achava ruins e criando uma "caricatura" que o fez famoso: o gesto da mão direita estendida, pedindo para que o maestro parasse de tocar. O "tira e bota" dos óculos foi mais um de seus recursos expressivos. Seu primeiro programa foi "Discos impossíveis" na Rádio Tupi. Em 1951, compôs sua primeira música, "Mancha de batom", em parceria com seu irmão Celso, gravada pelo conjunto Os Cariocas. Em 1952, estreou "Discos impossíveis" na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro. Nesta época, iniciou amizade com Dolores Durán, que anos depois chegou a gravar sua música mais famosa, "Manias", que compôs com o irmão Celso. Foi na casa de Flávio que a compositora escreveu a antológica "Noite do meu bem". Belinha, esposa de Flávio, chegou a emoldurar a letra da canção, datada de 4 de julho de 1959, em quadrinho que acompanhou o casal por toda a vida.
A seguir, resultado de uma pesquisa no Dicionário Cravo Albin sobre o saudoso apresentador que revolucionou a televisão brasileira nos anos 70.
Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti, ou simplesmente FLÁVIO CAVALCANTI. Apresentador. Jornalista. Compositor. Aos 22 anos começou a trabalhar no Banco do Brasil, ao mesmo tempo que estreou como repórter no jornal carioca A Manhã. Posteriormente chegou a ser funcionário da Alfândega do Rio de Janeiro, de onde se desligou em 1964. Casou-se com Belinha, com quem teve três filhos, um dos quais, Flávio Cavalcanti Júnior, executivo da área de telecomunicações. Como jornalista, fez históricas entrevistas com Tenório Cavalcanti, em sua fortaleza no bairro carioca de Caxias e com o presidente Kennedy, na Casa Branca. É nome de rua em Petrópolis, município serrano do Rio de Janeiro onde viveu grande parte de sua vida e onde foi sepultado. Faleceu em São Paulo, de infarto, depois de apresentar seu último "Programa Flávio Cavalcanti", no SBT de São Paulo. Alimentou polêmicas públicas com personalidades diversas como Almirante e Sérgio Porto.
Um dos mais famosos apresentadores de programas de calouros da TV brasileira. Foi o criador do primeiro júri da televisão no Brasil. Também compôs algumas músicas. Grandes artistas, hoje consagrados, tiveram sua primeira oportunidade em seus programas. Seu estilo polêmico fez história. Denunciava letras de músicas que considerava medíocres, quebrando os discos que achava ruins e criando uma "caricatura" que o fez famoso: o gesto da mão direita estendida, pedindo para que o maestro parasse de tocar. O "tira e bota" dos óculos foi mais um de seus recursos expressivos. Seu primeiro programa foi "Discos impossíveis" na Rádio Tupi. Em 1951, compôs sua primeira música, "Mancha de batom", em parceria com seu irmão Celso, gravada pelo conjunto Os Cariocas. Em 1952, estreou "Discos impossíveis" na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro. Nesta época, iniciou amizade com Dolores Durán, que anos depois chegou a gravar sua música mais famosa, "Manias", que compôs com o irmão Celso. Foi na casa de Flávio que a compositora escreveu a antológica "Noite do meu bem". Belinha, esposa de Flávio, chegou a emoldurar a letra da canção, datada de 4 de julho de 1959, em quadrinho que acompanhou o casal por toda a vida.
Em 1955, com Jacinto de Thormes, estreou o programa "Nós os gatos", na Mayrink Veiga. Em 1957, seu programa "Um instante, Maestro!", estreou na TV Tupi. Em 1965, lançou na TV Excelsior o primeiro júri de TV no seu programa "Um instante, Maestro!" No ano seguinte, reeditou o mesmo programa na TV Tupi, lançando mais dois programas na mesma emissora: "A Grande Chance" e "Sua Majestade é a Lei". Em 1967, foi realizada a primeira final de "A Grande Chance" no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1968 realizou o programa "A Grande Chance" em Portugal. Em 1970 estreou o "Programa Flávio Cavalcanti" na TV Tupi do Rio.
Em 1973 teve seu programa suspenso pela censura militar, mesmo sendo considerado amigo e aliado da chamada "Revolução de março". Em 1976, reeditou "Um instante, Maestro!" no Canal 11 (TVS), do Rio. Em 1977, trabalhou na Rádio Mulher paulista em programa diário. Em 1978 voltou a fazer seu "Programa Flávio Cavalcanti" na TV Tupi Carioca. Em 1982 foi para a TV Bandeirantes de São Paulo, onde realizou o "Boa-noite, Brasil". Em 1983, estreou o "Programa Flávio Cavalcanti", no SBT paulista, que ficou no ar até sua morte. Por seus programas passaram vários nomes consagrados da crítica musical e do meio artístico brasileiro, como: Sérgio Bittencourt, Nélson Motta, Leila Diniz, Mister Eco, José Messias, Maestro Cipó, Osvaldo Sargentelli, Marisa Urban, Erlon Chaves, Márcia de Windsor, Carlos Renato, dentre outros.
Flávio Cavalcanti faleceu de enfarte, com 63 anos, aos 16 de maio de 1986.
Em 1973 teve seu programa suspenso pela censura militar, mesmo sendo considerado amigo e aliado da chamada "Revolução de março". Em 1976, reeditou "Um instante, Maestro!" no Canal 11 (TVS), do Rio. Em 1977, trabalhou na Rádio Mulher paulista em programa diário. Em 1978 voltou a fazer seu "Programa Flávio Cavalcanti" na TV Tupi Carioca. Em 1982 foi para a TV Bandeirantes de São Paulo, onde realizou o "Boa-noite, Brasil". Em 1983, estreou o "Programa Flávio Cavalcanti", no SBT paulista, que ficou no ar até sua morte. Por seus programas passaram vários nomes consagrados da crítica musical e do meio artístico brasileiro, como: Sérgio Bittencourt, Nélson Motta, Leila Diniz, Mister Eco, José Messias, Maestro Cipó, Osvaldo Sargentelli, Marisa Urban, Erlon Chaves, Márcia de Windsor, Carlos Renato, dentre outros.
Flávio Cavalcanti faleceu de enfarte, com 63 anos, aos 16 de maio de 1986.
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