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participação:
QUANDO EU ESTOU AQUI...
Edvaldo Morais (a pedido)
QUANDO EU ESTOU AQUI...
Sei que essa coluna está sob minha responsabilidade, mas, como diz a canção dos Mutantes, “ando meio desligado” ultimamente, o que dificultou a realização dessa matéria. É que no burburinho desse novo tempo parece que nossa inspiração também está sendo afetada. Mas eu preciso dizer algo a respeito dessa amiga, irmã em notas musicais. Encontramo-nos há tempos atrás no Grupo de Cânticos Irmã Brígida. Tive o privilégio de conviver com essa mestra dos teclados momentos importantes na história daquele grupo. Tocamos em escolas, igrejas e praças. Isso num tempo em que não se exigia tanto de um pobre músico, tipo assim: “Qual a sua formação musical?” Casamentos foram tantos... Missas... perdemos a conta! Mas o tempo passou. E com o tempo tudo passa. Hoje vivemos realidades bem parecidas. Quando muito, quase que tocamos somente para nós mesmos. Foi assim que o amigo Edvaldo Morais encontrou Zélia Maia em sua residência quando foi marcar com ela uma entrevista. Zélia repetia naquela hora o que muitas vezes fazia sempre próximo ao meio-dia. Perdia-se numa viagem sonora, interpretando as trilhas sonoras das novelas do momento, ou então, rebuscando uma das antigas do Roberto Carlos. Eu que por aqueles tempos trabalhava na 5ª DIRED, prédio vizinho à sua residência, ficava empolgado com aquele som tão convidativo, bem na hora de se “tomar uma pra almoçar”. Dona Zélia é assim, quando começa a tocar vai longe. Esquece o tempo. Foi assim que ela não ouviu o Edvaldo lhe chamar para uma entrevista e ele teve que voltar num outro momento, quando a sessão musical já havia acabado. Zelinha naquele momento tocava Emoções, de Roberto e Erasmo, e em momentos assim não dá mesmo pra se ouvir ninguém. Mas enfim, a conversa aconteceu e o professor vai contar pra gente outras passagens da vida dessa musicista. (Eliel Silva)
Natural de Ceará-Mirim, Zélia Maria Miranda Maia, ou simplesmente Zélia Maia, nasceu aos 17 de janeiro. Filha do Sr. Sebastião Alves Maia e D. Adélia Miranda Maia, que ao todo tiveram sete filhos.
Aos seis anos de idade, Zélia, com uma gaveta, improvisou um piano e simulava os primeiros acordes. Seus pais percebendo sua tendência musical logo lhe deram um piano de brinquedo. Daí não parou mais.
Foi incentivada pelas freiras do Colégio de Santa Águeda, Irmãs Maria José e Brígida; também pela própria família e amigos. Sempre atenta, Zélia constantemente visitava as residências onde existiam os famosos pianos de cauda, como as casas de Cleto Brandão, Celina Varela, Evandro de Sá Pereira, dentre outras. Zélia crescia e cada vez mais se dedicava a arte dos teclados.
Nos anos 80, ao participar de uma Convenção do Rotary Clube em Campina Grande/PB, foi convidada a tocar no piano do restaurante num momento de confraternização dos rotarianos. Lembra que executou “Perfídia”, agradando em cheio e sendo bastante aplaudida. Posteriormente foi a João Pessoa onde também mostrou sua arte.
Já em Ceará-Mirim, começaram a chegar convites para animar festas de 15 anos, recepções, casamentos, chás da Casa da Amizade e vários outros eventos, além, é claro de abrilhantar, ao lado do Coral Irmã Brígida, as missas dominicais celebradas pelo então Cônego Rui, como já citou Eliel. Também lembra com saudade das manhãs de sol promovidas aos domingos no Centro Esportivo e Cultural ao som do seu teclado. Zélia também atuou na área da educação, aposentando-se como bibliotecária na Escola Estadual Ubaldo Bezerra de Melo.
Destaca a amizade com a família do Sr. Djalma Viturino, recordando os inúmeros veraneios na Praia de Zumbi, levando música e animação aos terraços.
Como passatempo, atualmente assiste muito as novelas da televisão, ficando sempre atenta às trilhas sonoras. Citou como preferência musical a cantora Alcione e Roberto Carlos, cujas músicas estão sempre no seu repertório. Não integra mais o Coral da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, porém, costuma ir a missa aos domingos a noite.
Zélia Maia é viúva e tem uma filha: Neidinha.
Ao final do bate-papo Zélia nos brindou com alguns números instrumentais ao teclado, dentre eles a famosa “Deus e eu no sertão”, sucesso atual na voz de Victor e Léo.
Resta-nos agradecer a receptividade e desejar a Zélia Maia muitos e prósperos anos de vida. (Edvaldo Morais).
(Fotos cedidas)
Aos seis anos de idade, Zélia, com uma gaveta, improvisou um piano e simulava os primeiros acordes. Seus pais percebendo sua tendência musical logo lhe deram um piano de brinquedo. Daí não parou mais.
Foi incentivada pelas freiras do Colégio de Santa Águeda, Irmãs Maria José e Brígida; também pela própria família e amigos. Sempre atenta, Zélia constantemente visitava as residências onde existiam os famosos pianos de cauda, como as casas de Cleto Brandão, Celina Varela, Evandro de Sá Pereira, dentre outras. Zélia crescia e cada vez mais se dedicava a arte dos teclados.
Nos anos 80, ao participar de uma Convenção do Rotary Clube em Campina Grande/PB, foi convidada a tocar no piano do restaurante num momento de confraternização dos rotarianos. Lembra que executou “Perfídia”, agradando em cheio e sendo bastante aplaudida. Posteriormente foi a João Pessoa onde também mostrou sua arte.
Já em Ceará-Mirim, começaram a chegar convites para animar festas de 15 anos, recepções, casamentos, chás da Casa da Amizade e vários outros eventos, além, é claro de abrilhantar, ao lado do Coral Irmã Brígida, as missas dominicais celebradas pelo então Cônego Rui, como já citou Eliel. Também lembra com saudade das manhãs de sol promovidas aos domingos no Centro Esportivo e Cultural ao som do seu teclado. Zélia também atuou na área da educação, aposentando-se como bibliotecária na Escola Estadual Ubaldo Bezerra de Melo.
Destaca a amizade com a família do Sr. Djalma Viturino, recordando os inúmeros veraneios na Praia de Zumbi, levando música e animação aos terraços.
Como passatempo, atualmente assiste muito as novelas da televisão, ficando sempre atenta às trilhas sonoras. Citou como preferência musical a cantora Alcione e Roberto Carlos, cujas músicas estão sempre no seu repertório. Não integra mais o Coral da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, porém, costuma ir a missa aos domingos a noite.
Zélia Maia é viúva e tem uma filha: Neidinha.
Ao final do bate-papo Zélia nos brindou com alguns números instrumentais ao teclado, dentre eles a famosa “Deus e eu no sertão”, sucesso atual na voz de Victor e Léo.
Resta-nos agradecer a receptividade e desejar a Zélia Maia muitos e prósperos anos de vida. (Edvaldo Morais).
(Fotos cedidas)
3 comentários:
Esses dia liguei para falara como D.Graças Barros, que cantava no Coral Ir Brigida, e perguntei se Zélia ainda tocava o Orgão da Matriz.Queria aqui fazer um depoimento.Cantei durante um bom tempo no Coral Ir.Brigida, eu devia ser o mais novo da turma.Foi nesse coral junto com D.Graça Barros ou melhor "Gracinha" que apredí muito.Eu hoje sou Organista,por causa da Zélia,pois ficava curioso e ao mesmo tempo encatado, pois como poderia tirar música daquelas teclas pretas e brancas!?.Foi junto com o Coral Ir Brigida que tive o despertar de minha vocação.
Como esquece do Eliel tocando violão, que só faltava falar ou melhor cantar nas mão dele!
Mas quero aqui agradecer a uma pessa que me ajudou muito, a D.Graça Barros que na época era minha professora de Ed. Artistica e que um dia, não sei como me ouviu cantar, coisa que faço ate hoje em meu mosteiro, e me convidou para fazer parte do Coral o que muito me alegrou.Agradeço a essa mulher de carater forte que passava segurança,e que me ajudou a despertar o meu dom pela música e pela liturgia. Um grande abraço a todos!E a D.Graça o meu muito obrigado de um aluno q nao lhe esqueceu!
Ir. Placido(Aldo)Jean Silva de Araujo O.cist.
A música (nos múltiplos acordes de piano) retrata, sem dúvida, essa mulher talentosa: Zélia Maia. Pessoa com quem trabalhei no Ubaldo Bezerra, logo que cheguei aqui.
Lembro-me que quando ia à missa sentava-me nos bancos da Igreja que ficavam mais próximos ao piano para poder observar as suas mãos ágeis retirar dele os hinos que enchiam a Matriz e encantavam os fiés fervorosos.
Parabéns pela lembrança porque hoje,até o piano sumiu de saudades.
Francisca Lopes
Olha ontem Zelia, Terezinha (esposa do Sr Djalma), Nazareth, Fátima e mais senhoras da casa da amizade vieram todas aqui pra casa pra ler sua materia...Zélia divertida como sempre adorou ficou super feliz, leu e releu!!!!!!
Um grande beijo Tio Ed!
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