BIBLIOTECA MUNICIPAL
Ele venceu, sim, inegavelmente ele foi vitorioso. Não foi fácil, mas esqueceram de dizer que também não era impossível. Então, como todo jovem sonhador José traçou seus planos. Nada naquela época era como hoje. Ceará Mirim era uma cidade desprovida de infra-estrutura, pouca coisa havia aqui. Cinquenta ruas (apenas uma calçada), três praças, um colégio ( atual sede da Secretaria Municipal de Educação), a Igreja com suas torres altas, orgulho da terra. Não tinha ainda a estrada de ferro Sampaio Correia que liga Natal a Ceará Mirim. José vivia seus dezoito anos em 1897.
Filho do Coronel Felismino Dantas, proprietário de vários engenhos e pai de catorze filhos, sendo José o primogênito. Em Ceará Mirim, o professor Zózimo Fernandes foi quem primeiro ensinou a ler e escrever, depois, José estudou um período no Colégio Atheneu, em Natal, mas não chegou a concluir os estudos.
Com dezesseis anos, em 1894, José funda em Ceará Mirim o jornal “O Eco Juvenil”, um órgão literário. Três anos depois viaja para Recife e de lá até o Rio de Janeiro. Seus primeiros meses no Rio não foram fáceis; dormia no chão forrado com jornais, comia em restaurantes humildes, e quando acabou o dinheiro teve a coragem de pedir um prato de comida num restaurante que pertencia a um português, em troca de serviço. O português notou ser aquele rapaz um jovem íntegro e o acolheu em seu estabelecimento, dando-lhe alimento sempre que ele tivesse fome.
José anotou todas as refeições e tão logo recebeu seu primeiro salário, propôs o pagamento ao comerciante, mas este persistiu em sua extrema bondade. José Dantas Pacheco abraçou a vida em suas variadas nuances, foi uma espécie de Office boy, depois trabalhou na Biblioteca Nacional, nos jornais “Cidade do Rio”, “Folha da Tarde”, “Jornal do Brasil” e no “O País”, nestes jornais foi revisor, chegando a redator, diretor e até mesmo proprietário de um jornal: “A Gazeta do Norte”, fundado em 1912, circulando o periódico até 1930.
Paralelo a esta labuta, José continuou seus estudos. Terminou o clássico ( um período que corresponde ao Ensino Médiol) e aos vinte e dois anos ingressa no curso superior. Com vinte e sete anos já é doutor em medicina, além de odontólogo e farmacêutico.
Em 1906 Doutor José Pacheco Dantas vem a Ceará Mirim e casa-se com Dona Isabel da Cunha (bisneta do Barão Manoel Varela) na Casa do Guaporé. Volta ao Rio, mas nunca deixou de lutar por sua terra. Amou-a infinitamente, faleceu aos oitenta e três anos, no dia 24 de julho de 1961. Seu túmulo está forrado com terra de Ceará Mirim e sob sua cabeça foi posto um travesseiro de areia alva e fina que ele mesmo levou daqui.
Este foi José Pacheco Dantas, filho deste vale, nascido no Engenho Guarani, um homem que cantava a beleza da sua terra e desafiava a todos que duvidassem de suas palavras: “Todo aquele que duvidar destine-se a visitar esta cidade e verá se não fica abismado ante o painel sublime que oferece a natureza” (Pacheco Dantas em 1896).
Com muita justiça, em 1945, o então prefeito de Ceará Mirim, Ângelo Pessoa Bezerra, cria pelo Decreto-Lei nº 76, de 14 de agosto daquele ano, a Biblioteca Pública Municipal Dr. José Pacheco Dantas.
Filho do Coronel Felismino Dantas, proprietário de vários engenhos e pai de catorze filhos, sendo José o primogênito. Em Ceará Mirim, o professor Zózimo Fernandes foi quem primeiro ensinou a ler e escrever, depois, José estudou um período no Colégio Atheneu, em Natal, mas não chegou a concluir os estudos.
Com dezesseis anos, em 1894, José funda em Ceará Mirim o jornal “O Eco Juvenil”, um órgão literário. Três anos depois viaja para Recife e de lá até o Rio de Janeiro. Seus primeiros meses no Rio não foram fáceis; dormia no chão forrado com jornais, comia em restaurantes humildes, e quando acabou o dinheiro teve a coragem de pedir um prato de comida num restaurante que pertencia a um português, em troca de serviço. O português notou ser aquele rapaz um jovem íntegro e o acolheu em seu estabelecimento, dando-lhe alimento sempre que ele tivesse fome.
José anotou todas as refeições e tão logo recebeu seu primeiro salário, propôs o pagamento ao comerciante, mas este persistiu em sua extrema bondade. José Dantas Pacheco abraçou a vida em suas variadas nuances, foi uma espécie de Office boy, depois trabalhou na Biblioteca Nacional, nos jornais “Cidade do Rio”, “Folha da Tarde”, “Jornal do Brasil” e no “O País”, nestes jornais foi revisor, chegando a redator, diretor e até mesmo proprietário de um jornal: “A Gazeta do Norte”, fundado em 1912, circulando o periódico até 1930.
Paralelo a esta labuta, José continuou seus estudos. Terminou o clássico ( um período que corresponde ao Ensino Médiol) e aos vinte e dois anos ingressa no curso superior. Com vinte e sete anos já é doutor em medicina, além de odontólogo e farmacêutico.
Em 1906 Doutor José Pacheco Dantas vem a Ceará Mirim e casa-se com Dona Isabel da Cunha (bisneta do Barão Manoel Varela) na Casa do Guaporé. Volta ao Rio, mas nunca deixou de lutar por sua terra. Amou-a infinitamente, faleceu aos oitenta e três anos, no dia 24 de julho de 1961. Seu túmulo está forrado com terra de Ceará Mirim e sob sua cabeça foi posto um travesseiro de areia alva e fina que ele mesmo levou daqui.
Este foi José Pacheco Dantas, filho deste vale, nascido no Engenho Guarani, um homem que cantava a beleza da sua terra e desafiava a todos que duvidassem de suas palavras: “Todo aquele que duvidar destine-se a visitar esta cidade e verá se não fica abismado ante o painel sublime que oferece a natureza” (Pacheco Dantas em 1896).
Com muita justiça, em 1945, o então prefeito de Ceará Mirim, Ângelo Pessoa Bezerra, cria pelo Decreto-Lei nº 76, de 14 de agosto daquele ano, a Biblioteca Pública Municipal Dr. José Pacheco Dantas.
Um comentário:
Parabéns, Neto!!! É sempre bom sabermos algo a mais a respeito das Pessoas Ilustres que fizeram da Nossa Terra ser Lembrada pelo nosso Querido Brasil. Um Forte Abraço!!! Shalom!!!
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