O blogueiro é literalmente muito ligado ao rádio, conforme já frisamos em postagens anteriores. A semana que passou a radiofonia brasileira perdeu dois grandes talentos que acostumamos ouvir e Chaminé não poderia deixar de fazer o registro.

A morte de Doalcei Bueno de Camargo pegou de surpresa familiares, amigos e admiradores desse brilhante profissional. Natural de Itápolis, cidade vizinha de Marilía, interior de São Paulo, Doalcei Camargo, de 79 anos, sofreu um infarto fulminante na madrugada deste dia 29 de Agosto, em sua residência, no bairro Laranjeiras. Doalcei dedicou toda sua vida ao rádio esportivo, trabalhando nas mais importantes emissoras do país, entre elas, a antiga Continental, Difusora Fluminense, de Niterói, Nacional, Globo e Rádio Tupi, onde iniciou a carreira e se consagrou como o mais vibrante locutor esportivo. No início, Doalcei ficava só observando o trabalho da equipe de esportes, e apresentando o intervalo. Na época, Doalcei trabalhou com Jorge Curi, Oduvaldo Cozzi, Waldir Amaral, grandes comentaristas e com o atual Diretor da Super Rádio Tupi, Alfredo Raymundo Filho. Uma das expressões máximas da radiofonia esportiva brasileira, Doalcei Bueno de Camargo, ultimamente abrilhantava o programa Luiz Ribeiro, com o quadro Toque de Mestre, e aos domingos, no Bola em Jogo, também comandado pelo Luiz Ribeiro, quando externava sua opinião objetiva, correta. O mundo da radiofonia esportiva perde, além de uma voz vibrante, o talento incomparável do locutor que carinhosamente era chamado de Dodô. Enquanto houver um torcedor, enquanto houver uma bandeira, enquanto houver uma bola, enquanto a bola tocar o fundo da rede, enquanto o maracanã sacudir de alegria, temos certeza, a sua voz permanecerá, porque você foi a tradução mais linda de um gol! (Fonte: Site da Rádio Tupi/RJ)

Francisco Carioca
Outra grande perda para o rádio do Rio foi a morte do comunicador Francisco Carioca, 69 anos, no final da noite desta sexta-feira (28). Ele estava internado no Instituto Nacional de Câncer, e perdeu a batalha contra a doença, com a qual lutava há alguns anos. Nascido em Ubá, Minas Gerais (mesma cidade natal de Ary Barroso), tornou-se carioca de coração, tanto que adotou o gentílico em seu nome. Iniciou a carreira cedo, aos 17 anos, na Rádio Copacabana, encaminhado pelo próprio Ary. Sua longa trajetória incluiu ainda as emissoras Mayrink Veiga, Guanabara, Tupi, Mauá, Globo, Capital e Manchete, que foi sua última Casa. Também foi o locutor oficial do Palácio Guanabara, sede oficial do Governo do Estado, onde anunciava eventos e solenidades. Universalista, em seus programas trazia sempre mensagens de fraternidade e esperança. Uma frase que usava sempre na abertura de seus programas era: "Aqui Francisco Carioca e você aí, que é a razão mais importante". Fora o Rádio, outras duas paixões eram o Flamengo e a Mangueira. Atualmente, Francisco morava em Araruama, na Região dos Lagos. Foi enterrado em Macaé, região Norte Fluminense, no cemitério local. (Fonte: Blog do Radialista)