TEMPO PARA CONTEMPLAR
Poderia ser uma folha livre, voando leve sem direção
Sem marcas, sem rusgas, nem manchas.
Pareceria alva e reluzente.
Quando pega nas mãos deslizaria feito água com sabão.
Deixando seu perfume impregnado
Alguém que a olhasse a ignoria como coisa qualquer já vista antes.
Não é encrespada, não tem nódoas.
Outro gostaria de tocá-la, senti-la, mas só a vê passar.
Não tem tempo para contemplá-la.
A pressa lhe escraviza.
Para onde se dirigiria a folha?
Aonde iria?
Aos casais em conflito bem lhes faria
Aos jovens corações desconfiados lhes traria confiança
Aos povos em guerras promoveria a paz
Aos doentes lhe traria conforto
O vento a levaria e a faria pousar onde mais precisariam dela.
Ali permaneceria por alguns instantes
Tempo suficiente para a conhecerem
E se sentirem renovados
Deslocar-se-ia rapidamente sem direção
Tocaria a gestante que passa
Pertinho dos jovens no banco da praça
Deslizaria suave...
As crianças que brincam na calçada a tomariam nas mãos
Quando chegasse ao rio seguiria seu curso
Mesmo com aparência fragilizada pela cor desbotada sobre a água
É imponente, não imerge fácil.
A todos gostaria de tocar, fazer senti-la.
Porém nem todos a percebem como deveriam.
Maria Margareth da Silva Pereira
Especialista em Literatura Comparada
Ceará-Mirim RN
Poderia ser uma folha livre, voando leve sem direção
Sem marcas, sem rusgas, nem manchas.
Pareceria alva e reluzente.
Quando pega nas mãos deslizaria feito água com sabão.
Deixando seu perfume impregnado
Alguém que a olhasse a ignoria como coisa qualquer já vista antes.
Não é encrespada, não tem nódoas.
Outro gostaria de tocá-la, senti-la, mas só a vê passar.
Não tem tempo para contemplá-la.
A pressa lhe escraviza.
Para onde se dirigiria a folha?
Aonde iria?
Aos casais em conflito bem lhes faria
Aos jovens corações desconfiados lhes traria confiança
Aos povos em guerras promoveria a paz
Aos doentes lhe traria conforto
O vento a levaria e a faria pousar onde mais precisariam dela.
Ali permaneceria por alguns instantes
Tempo suficiente para a conhecerem
E se sentirem renovados
Deslocar-se-ia rapidamente sem direção
Tocaria a gestante que passa
Pertinho dos jovens no banco da praça
Deslizaria suave...
As crianças que brincam na calçada a tomariam nas mãos
Quando chegasse ao rio seguiria seu curso
Mesmo com aparência fragilizada pela cor desbotada sobre a água
É imponente, não imerge fácil.
A todos gostaria de tocar, fazer senti-la.
Porém nem todos a percebem como deveriam.
Maria Margareth da Silva Pereira
Especialista em Literatura Comparada
Ceará-Mirim RN
3 comentários:
Margareth,
não sei se Cecília,
não sei se Florbela,
mas desse nosso Vale
és uma delas.
(Eliel)
Margareth,
não sei se Cecília,
não sei se Florbela,
mas desse nosso Vale
és uma delas.
(Eliel)
Margareth,
linda mensagem para reflexao...
realmente a pressa nos escraviza e o tempo passa sem nos darmos conta que o mais belo está nas simples coisas.
Um abraço
Cláudia
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