
CRÔNICA DA SAUDADE

Hoje eu começo a escrever uma crônica que não tenho pressa para concluí-la. Ela pode terminar na próxima página, ou pode se alongar por outras mais. Na verdade, hoje meu coração pede que eu bata a porta de outros corações, mais precisamente de nove, cujos nomes são: Nonato, Carlos, Nicodemos, Celso, Luizinho, Gilvan, Paulino, Geraldo Anísio e Márcio.
Eles e eu éramos a turma de 1981 que chegava a casa da Rua Mipibu, 441, Cidade Alta, em Natal, onde funcionava o Seminário de São Pedro, trazendo dentro de nós a vontade de ser padre. Não sei por que, mas hoje eu senti vontade de entrar naquele prédio e quando passei em frente a Academia de Letras a vontade ficou ainda mais forte, aí resolvi entrar. Tinha um encontro marcado com a saudade e um pouco de história de vidas.
Lá funciona agora uma escola de enfermagem. Antes, na minha época, preparavam-se ali também pessoas para cuidar das feridas das almas, capacitava-se jovens para comporem as fileiras de um grande exército que deveria ter a consciência clara e profunda que um padre se constrói no trinômio: Homem – Cristão – Santo. Diversas vezes ouvimos isto sendo proferido pelo nosso Reitor Padre Hudson Brandão de Araújo
Quando entrei naquela casa eu não estava sozinho, comigo caminhavam também minhas memórias, meus anos que ali vivi, minhas peripécias tantas e incontroláveis que fazia junto com Luizinho e Celso, estavam lá, naquele solo, e dele emergiram e vieram me saudar. Procurei debalde visualizar no pátio a velha Pitombeira. Não mais existia, arrancaram-na.
Onde antes havia uma árvore alta e frondosa, agora cresce uma palmeira de torzeira.
Eles e eu éramos a turma de 1981 que chegava a casa da Rua Mipibu, 441, Cidade Alta, em Natal, onde funcionava o Seminário de São Pedro, trazendo dentro de nós a vontade de ser padre. Não sei por que, mas hoje eu senti vontade de entrar naquele prédio e quando passei em frente a Academia de Letras a vontade ficou ainda mais forte, aí resolvi entrar. Tinha um encontro marcado com a saudade e um pouco de história de vidas.
Lá funciona agora uma escola de enfermagem. Antes, na minha época, preparavam-se ali também pessoas para cuidar das feridas das almas, capacitava-se jovens para comporem as fileiras de um grande exército que deveria ter a consciência clara e profunda que um padre se constrói no trinômio: Homem – Cristão – Santo. Diversas vezes ouvimos isto sendo proferido pelo nosso Reitor Padre Hudson Brandão de Araújo
Quando entrei naquela casa eu não estava sozinho, comigo caminhavam também minhas memórias, meus anos que ali vivi, minhas peripécias tantas e incontroláveis que fazia junto com Luizinho e Celso, estavam lá, naquele solo, e dele emergiram e vieram me saudar. Procurei debalde visualizar no pátio a velha Pitombeira. Não mais existia, arrancaram-na.
Onde antes havia uma árvore alta e frondosa, agora cresce uma palmeira de torzeira.
Debaixo daquela pitombeira vivemos momentos inesquecíveis. Tardes de conversas alegres, noites que tentávamos enganar o Reitor alegando que estávamos rezando o terço, só para não irmos dormir às vinte e duas horas.
Caminhei em busca do refeitório, lá no segundo pavimento, onde tem uma porta grande e corrediça. As cores ainda são as mesmas, o piso também, mas onde nós fazíamos as refeições já não tem mais mesas, há apenas muitas cadeiras, foi transformado num auditório.
Confesso a vocês que parei alguns minutos ali e fiquei bem quietinho na esperança de ouvir barulhos de panelas e pratos vindos da cozinha, ou quem sabe os gritos que dava Dona Zefinha, nossa cozinheira. Nada! A audição me traiu. Confiei então no olfato e respirei fundo, querendo inalar o cheiro da macarronada ou até mesmo, pasmem! Até mesmo a tradicional sopa de feijão. Outra vez enganado. Criei coragem e entrei onde antes era a cozinha.
Lembrei-me do meu primeiro ano, quando quebrei sem querer uma garrafa de café e fiquei com febre, temendo que o Padre Hudson me mandasse de volta para casa.
Comecei a subir os degraus que dão acesso ao local onde antes ficavam os seminaristas que cursavam filosofia, e como eu disse no início, provavelmente esta crônica continuará... Provavelmente.
Até aqui eu dedico palavras e imagens a Nicodemos, o Padre Nicodemos, hoje pároco em São José de Piranhas, na Paraíba.
Caminhei em busca do refeitório, lá no segundo pavimento, onde tem uma porta grande e corrediça. As cores ainda são as mesmas, o piso também, mas onde nós fazíamos as refeições já não tem mais mesas, há apenas muitas cadeiras, foi transformado num auditório.
Confesso a vocês que parei alguns minutos ali e fiquei bem quietinho na esperança de ouvir barulhos de panelas e pratos vindos da cozinha, ou quem sabe os gritos que dava Dona Zefinha, nossa cozinheira. Nada! A audição me traiu. Confiei então no olfato e respirei fundo, querendo inalar o cheiro da macarronada ou até mesmo, pasmem! Até mesmo a tradicional sopa de feijão. Outra vez enganado. Criei coragem e entrei onde antes era a cozinha.
Lembrei-me do meu primeiro ano, quando quebrei sem querer uma garrafa de café e fiquei com febre, temendo que o Padre Hudson me mandasse de volta para casa.
Comecei a subir os degraus que dão acesso ao local onde antes ficavam os seminaristas que cursavam filosofia, e como eu disse no início, provavelmente esta crônica continuará... Provavelmente.
Até aqui eu dedico palavras e imagens a Nicodemos, o Padre Nicodemos, hoje pároco em São José de Piranhas, na Paraíba.
Um comentário:
Neto, escrever é um Dom que Deus dá para que possamos nos comunicacar com nosso Semelhante,e, quando bem utilizado gera bons frutos.
Você tem este Dom Nato. Continue assim!!! Um Forte Abraço!!! Shalom!!!
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